Distanciamento social não significa isolamento social

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A hora é de ficar em casa. Mas isso não quer dizer pra deixar de ver a família e conversar com os amigos – pelo contrário: com um pouco de esforço e muita criatividade, podemos aprofundar relações, estreitar laços e manter nossa vida social ativa e feliz.

Nas últimas semanas, temos vivido uma realidade que tem testado – ao extremo –  nosso poder de adaptação e, muitas vezes, aumentado nosso medo e ansiedade. E isso pode ser ainda mais acentuado nas mentes das crianças: afinal, proteger-se de um vírus, invisível e alastrador não é fácil para ninguém, sobretudo para os pequenos. A ideia de uma doença solta pela cidade matando milhares de pessoas no mundo pode ser assustadora – então, é fundamental ajudarmos nossos filhos e alunos a lidarem com suas inseguranças e manterem a saúde mental.

Um dos pontos principais – e mais desafiadores – dessa quarentena é estarmos fisicamente separados. A distância física é indispensável nesse momento e a recomendação de apenas sair de casa para o absolutamente essencial continua em vigência. Mas, cuidado! Apesar de longe, temos que encontrar meios de estarmos próximos, já que em todas as cultura raças, idades e gêneros, os seres humanos tem necessidade de contato social e conexão emocional com outras pessoas para ter uma vida saudável e feliz. Por isso, é vital mantermos os laços afetivos – nossos e de nossos filhos – com o mundo exterior e colocar empenho para manter as pessoas participando das nossas vidas. Por tudo isso, alguns especialistas tem preferido chamar essa atitude de distanciamento físico – e não social.

Para Patrícia Fraia, psicanalista e membro do Instituto Sedes Sapientiae e especialista em atendimento de crianças em jovens, “É fundamental que as crianças mantenham o círculo com os amigos, com os avós e a família nesse momento. Não sabemos quanto tempo vai durar essa quarentena, e sentimos falta um do outro.  A convivência é super importante e não é porque estamos fisicamente distante que temos que estar distante emocionalmente. A presença emocional e os corações unidos fazem bem.” 

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